Gutto Xibatada, cantor de forró do Pará, morreu no último dia 22 de abril, aos 39 anos. O artista havia sido diagnosticado com monkeypox (Mpox) em março e, após um período de isolamento, recebeu alta hospitalar. A sua saúde, porém, se deteriorou rapidamente, levando-o a retornar ao pronto-socorro no mesmo dia de sua morte, onde faleceu cerca de oito horas após a admissão. A irmã de Gutto utilizou as redes sociais para expressar sua tristeza e indignação, ressaltando a falta de respeito em relação ao luto da família. Ela destacou que o cantor não desejava que sua condição de saúde fosse divulgada publicamente e que sua situação se agravou de forma alarmante, causando muito sofrimento antes de seu falecimento.

“Estamos passando por um momento muito difícil e delicado. Em meio a tanta dor estamos tendo que enfrentar postagens querendo se beneficiar de likes, visualizações, coisas que não têm nada a ver. Não estão tendo respeito com o nosso luto, nossa perda”, disse. “Por pedidos do meu irmão, ele não queria que se expusesse. Por isso, muitos não sabiam. Se não tivesse vindo a óbito, ninguém saberia. Vim esclarecer a causa. Estou cansada de tanta mentira que estão postando por aí. Inclusive da página oficial, que postou uma foto do ser humano no hospital. Que falta de empatia. Meu irmão contraiu um vírus chamado Mpox.”

A Secretaria Municipal de Saúde de Belém confirmou que Gutto foi atendido e mantido em isolamento, recebendo alta após uma melhora inicial. Contudo, seu quadro clínico se complicou, resultando em sua readmissão no hospital, onde veio a falecer. As circunstâncias que levaram ao óbito estão sendo investigadas pela Vigilância Epidemiológica de Belém, que também está monitorando as pessoas que tiveram contato com o cantor, as quais não apresentaram sintomas. Em homenagem ao artista, uma missa será realizada no dia 27 de abril, data que coincidiria com seu 40º aniversário.